LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDOS- HISTÓRIA DO BRASIL

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HISTÓRIA DO BRASIL I

1. (Fuvest 2013)  Observe o mapa abaixo.

Com base no mapa e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. 

a) O rio São Francisco foi caminho natural para a expansão da cana-de-açúcar e do algodão da Zona da Mata, na Bahia, até a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro.   

b) A ocupação territorial de parte significativa dessa região foi marcada por duas características geomorfológicas: a serra do Espinhaço e o vale do rio São Francisco.   

c) Essa região caracterizava-se, nesse período, por paisagens onde predominavam as minas e os currais, mas no século XIX a mineração sobrepujou as outras atividades econômicas dessas capitanias.   

d) O caminho pelo rio São Francisco foi estabelecido pelas bandeiras paulistas para penetração na região aurífera da Chapada dos Parecis e posterior pagamento do “quinto” na sede da capitania, em Salvador.   

e) As bandeiras que partiam da Capitania da Bahia de Todos os Santos para a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro propiciaram o surgimento de localidades com economia baseada na agricultura monocultora de exportação.   

  

2. (Unesp 2013)  Em 1977, o Regime Militar, por meio da Agência Nacional de Comunicação, lançou uma propaganda que ensinava a população a fazer um cata-vento verde-amarelo e convocava-a a sair às ruas com esses brinquedos para comemorar a Semana da Pátria. Por meio de uma charge, o cartunista Henfil ironizou essa iniciativa do governo, sublinhando um outro problema enfrentado pelo país nessa época.

Considerando o contexto histórico no qual a charge se insere, é correto afirmar que o cartunista chamava a atenção para;

a) a alienação social frente à falta de planejamento econômico.
b) o gasto excessivo do governo no setor da energia eólica.
c) a falta de investimento público no setor de transporte.
d) os impactos ambientais em decorrência da mecanização.
e) a abertura econômica do país ao capital estrangeiro.

3. (Fuvest 2013) Admite-se que as cenouras sejam originárias da região do atual Afeganistão, tendo sido levadas para outras partes do mundo por viajantes ou invasores. Com base em relatos escritos, pode-se dizer que as cenouras devem ter sido levadas à Europa no século XII e, às Américas, no início do século XVII.
Em escritos anteriores ao século XVI, há referência apenas a cenouras de cor roxa, amarela ou vermelha. É possível que as cenouras de cor laranja sejam originárias dos Países Baixos, e que tenham sido desenvolvidas, inicialmente, à época do Príncipe de Orange (1533-1584).

No Brasil, são comuns apenas as cenouras laranja, cuja cor se deve à presença do pigmento betacaroteno, representado a seguir.

Com base no descrito acima, e considerando corretas as hipóteses ali aventadas, é possível afirmar que as cenouras de coloração laranja;

a) podem ter sido levadas à Europa pela Companhia das Índias Ocidentais e contêm um pigmento que é um polifenol insaturado.
b) podem ter sido levadas à Europa por rotas comerciais norte-africanas e contêm um pigmento cuja molécula possui apenas duplas ligações cis.
c) podem ter sido levadas à Europa pelos chineses e contêm um pigmento natural que é um poliéster saturado.
d) podem ter sido trazidas ao Brasil pelos primeiros degredados e contêm um pigmento que é um polímero natural cujo monômero é o etileno.
e) podem ter sido trazidas a Pernambuco durante a invasão holandesa e contêm um pigmento natural que é um hidrocarboneto insaturado.

4. (Fuvest 2013) A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:

a) tabaco, algodão e derivados da pecuária.
b) ferro, sal e tecidos.
c) escravos indígenas, arroz e diamantes.
d) animais exóticos, cacau e embarcações.
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.

5. (Mackenzie 2013) Com a união das coroas de Portugal e Espanha, ocorreu o início do período chamado de União Ibérica (1580-1640). A Holanda, que enfrentou diversas lutas contra a Espanha, exerceu influência direta na colônia portuguesa na América, pois;

a) passou a pilhar e saquear as feitorias na costa africana dominada pelos espanhóis, interessada no comércio de escravos e de marfim, invadindo, também, as cidades de Santos e Salvador, no Brasil.
b) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses holandeses no Brasil, uma vez que participavam do comércio de produtos tropicais nacionais, principalmente do pau-brasil.
c) sofria, na época, perseguições religiosas na Europa e retaliações dos católicos residentes em seu país, por isso, seu desejo foi montar uma colônia protestante no Brasil.
d) ocupou o nordeste brasileiro para evitar a criação de bases e feitorias espanholas, visando quebrar o monopólio da rota da prata advinda das demais colônias e também minar o prestígio internacional ibérico.
e) apoderou-se do nordeste brasileiro e retomou o controle da lucrativa operação de transporte, refino e distribuição comercial do açúcar brasileiro, perdido a partir da União Ibérica.

6. (Unesp 2013) O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823,

a) ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por Portugal.
b) ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à Independência.
c) à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de Uruguai.
d) à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo central, no Rio de Janeiro.

e) à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder constitucional do imperador.

7. (Mackenzie 2013) “Apareceu a 1º do corrente [janeiro de 1888] em Piracicaba o primeiro número de uma folha trissemanal intitulada O Lavrador Paulista, e consagrada aos (…) interesses negreiros das fazendas” [interesses dos grandes proprietários de escravos]

Diário Popular (jornal de São Paulo), 03/01/1888

“O órgão escravocrata que sob este título [O Lavrador Paulista] apareceu em Piracicaba, deu três números e morreu. O povo não esteve para sustentar folhas de semelhante jaez” [espécie/qualidade/laia]
Diário Popular (jornal de São Paulo), 10/01/1888

Considerando o contexto histórico em que as notícias acima foram divulgadas, assinale a alternativa que apresente uma explicação satisfatória para a falta de apoio popular ao O Lavrador Paulista.

a) No momento em que o jornal foi publicado, a população não tinha aderido ao abolicionismo, portanto a principal causa de sua extinção foi o desinteresse popular pelos destinos reservados aos negros após a Lei Áurea, assinada naquele contexto.
b) Era consenso, naquele momento, que a abolição fosse uma questão de tempo, por isso a população não deu atenção ao jornal que defendia os interesses escravistas da burguesia cafeeira do Oeste paulista e sua indenização, caso a Lei Áurea fosse assinada.
c) O interesse escravista, predominante naquele momento, tentou influenciar as populações rurais de São Paulo a não aderirem ao abolicionismo, daí a necessidade de fundação de um jornal naquele sentido, apesar de sua extinção alguns dias depois.
d) O abolicionismo, predominante na sociedade brasileira da época contava com a adesão de diversos sujeitos sociais – camadas médias urbanas, intelectuais, políticos, jornalistas dentre outros – assim como a ação efetiva dos negros na luta pelo fim da escravidão.
e) É preciso levar em consideração, na análise, a situação financeira do município citado – Piracicaba – uma vez que, afastado dos grandes centros produtores de café, não foi possível aos seus cidadãos o financiamento do jornal citado.

8. (Unesp 2013) […] até a década de 1870, apesar das pressões, os escravos continuavam a ser a mão de obra fundamental para a lavoura brasileira, sendo que nessa época todos os 643 municípios do Império […] ainda continham escravos.
(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)

A redução da importância do trabalho escravo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre outros fatores,

a) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e ao crescimento das correntes migratórias em direção ao Brasil.
b) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do Paraíba em manter escravos e à intensa propaganda abolicionista direcionada aos próprios escravos.
c) à firme oposição da Igreja Católica ao escravismo e ao temor de que se repetisse, no Brasil, uma revolução escrava como a que ocorrera em Cuba.
d) à pressão inglesa e francesa pelo fim do tráfico e à dificuldade de adaptação do escravo ao trabalho na lavoura do café.
e) à diminuição do preço do escravo no mercado interno e à atuação abolicionista da Guarda Nacional.

9. (Unesp 2013) A Revolução Farroupilha foi um dos movimentos armados contrários ao poder central no Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos Farrapos teve algumas particularidades, quando comparado aos demais.

Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que nesta província extrema […] não toleramos imposições humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. […] O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade.

(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de 1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução Farroupilha, 1986.)

Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar;

a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e econômica da província frente ao poder imperial, sediado no Rio de Janeiro.
b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo controle do mercado interno do charque.
c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do império, que representava constante ameaça de invasão espanhola e platina.
d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte, evitando a concorrência do charque estrangeiro e garantindo os baixos preços dos produtos locais.
e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de independência na região do Prata e a decorrente redução da produção agrícola no Sul do Brasil.

10. (Uel 2013) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).

A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à;

a) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
b) consolidação da Regência Una e Permanente.
c) formação e consolidação do Partido Republicano.
d) fundação das agremiações abolicionistas.
e) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.

11. (Fuvest 2013) A população indígena brasileira aumentou 150% na década de 1990, passando de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento médio anual foi de 10,8%, quase seis vezes maior do que o da população brasileira em geral.

http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007.

A notícia acima apresenta;

a) dado pouco relevante, já que a maioria das populações indígenas do Brasil encontra-se em fase de extinção, não subsistindo, inclusive, mais nenhuma população originária dos tempos da colonização portuguesa da América.
b) discrepância em relação a uma forte tendência histórica observada no Brasil, desde o século XVI, mas que não é uniforme e absoluta, já que nas últimas décadas não apenas tais populações indígenas têm crescido, mas também o próprio número de indivíduos que se autodenominam indígenas.
c) um consenso em torno do reconhecimento da importância dos indígenas para o conjunto da população brasileira, que se revela na valorização histórica e cultural que tais elementos sempre mereceram das instituições nacionais.
d) resultado de políticas públicas que provocaram o fim dos conflitos entre os habitantes de reservas indígenas e demais agentes sociais ao seu redor, como proprietários rurais e pequenos trabalhadores.
e) natural continuidade da tendência observada desde a criação das primeiras políticas governamentais de proteção às populações indígenas, no começo do século XIX, que permitiram a reversão do anterior quadro de extermínio observado até aquele momento.

12. (Unesp 2013) Eu acho que a anistia foi a solução, mas ela não foi completa. Quer dizer, não podiam ser anistiados aqueles que mataram torturando, porque esse é um crime inafiançável. Quem mata calmamente, friamente, tem de sofrer um processo e tem de sofrer também as consequências do seu ato. Isso nunca foi executado no Brasil como foi executado na Argentina com todos os generais. O Brasil fez uma anistia pela metade, mas nós ficamos contentes porque não houve derramamento de sangue.

(D. Paulo Evaristo Arns. Cult, março de 2004.)

Segundo a declaração de D. Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo entre 1970 e 1998, a Lei da Anistia no Brasil, de 1979,

a) perdoou opositores e defensores do regime militar e, a despeito de suas imperfeições, impediu confrontos e mortes entre setores políticos rivais.
b) inspirou-se na lei de anistia argentina, que julgou e condenou militares que mataram e torturaram durante o regime militar.
c) foi inútil, uma vez que não puniu aqueles que atuaram, durante o regime militar, nos órgãos de repressão política e policial.
d) foi equivocada, pois determinou o posterior levantamento, análise e julgamento dos crimes cometidos durante o período do regime militar.
e) beneficiou os opositores do regime militar e condenou aqueles que os reprimiram por meio da violência e da tortura.

13. (Mackenzie 2013) Quando João Batista Figueiredo (1979-1985) iniciou seu governo, o Brasil vivenciava um momento de graves críticas advindas dos diversos setores sociais ao autoritarismo presente durante o regime militar. Durante o governo Figueiredo, no plano econômico, apontam-se como principais problemas que não foram solucionados:

a) A alta taxa de desemprego, consequência da redução do crescimento econômico, e o combate à política monetária de empréstimos junto a bancos estrangeiros.
b) A indexação de preços e salários e o bloqueio dos investimentos ligados ao mercado financeiro internacional.
c) Redução dos investimentos na área tecnológica e dos subsídios à área rural, agravando e acirrando a ocupação de terras por parte dos trabalhadores rurais.
d) A transformação dos cruzados novos em cruzeiros e o congelamento de preços de salários dos trabalhadores das indústrias.
e) A questão da dívida externa, em que o governo não conseguia pagar os empréstimos já obtidos, a enorme alta da inflação e o aumento no nível do desemprego.

14. (Unesp 2013) Durante o regime militar brasileiro (1964-1985), ocorreram:

a) fim do intervencionismo estatal na economia, ampliação da autonomia dos estados e controle militar do sistema de informações.
b) ampliação dos programas sociais voltados à saúde e à educação, crescimento industrial e saneamento completo das contas públicas.
c) limitação dos investimentos estrangeiros no país, erradicação da inflação e pagamento da dívida externa brasileira.
d) fortalecimento do poder executivo, relativo esvaziamento do legislativo e do judiciário e aumento da participação estatal na economia.
e) modernização tecnológica nas comunicações, incremento dos transportes aéreo e ferroviário e maior equilíbrio na distribuição de renda.

Gabarito

Resposta da questão 1:
[B]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]
Nos “caminhos de Minas Gerais à Bahia”, as unidades geomorfológicas (relevo) que mais se destacam são a Depressão Sertaneja e do São Francisco (incluindo o vale do rio São Francisco – MG/BA) e os Planaltos e Serras de Leste-Sudeste (incluindo a Serra do Espinhaço – MG). Na região planáltica do Espinhaço, localizam-se as cidades históricas mineiras que se originaram com o ciclo da mineração (ouro) no século XVIII.

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]
O Rio São Francisco está associado à expansão da pecuária, atividade considerada secundária e complementar. As atividades mais importantes do período colonial, como a cana de açúcar, algodão e cacau não dependeram do rio para transporte ou irrigação.

Resposta da questão 2:
[E]

Na década de 1970, durante a ditadura militar, o governo desenvolveu uma política de estímulo ao nacionalismo que, somado à censura, tinha o objetivo de acobertar as ações repressivas desenvolvidas; ao mesmo tempo a economia se caracterizava por um processo de internacionalização e dependência, com o ingresso de empresas e capitais estrangeiros, moldando novos padrões de consumo, de acordo com seus interesses.

Resposta da questão 3:
[E]

[Resposta do ponto de vista da disciplina de Química]

As cenouras de coloração laranja podem ter sido trazidas a Pernambuco durante a invasão holandesa e contêm um pigmento natural que é um hidrocarboneto insaturado, que é o caso do betacaroteno, de acordo com a fórmula estrutural fornecida no texto da questão, que apresenta duplas ligações conjugadas e isomeria trans (na cadeia aberta).

[Resposta do ponto de vista da disciplina de História]

O enunciado situa o desenvolvimento das cenouras de cor laranja como tendo ocorrido na própria Holanda durante a segunda metade do século XVI. Esses dados eliminam as alternativas [A], [B] e [C,] que atribuem à cenoura laranja uma origem externa. Também eliminam a alternativa [D], pelo fato de que os primeiros degredados portugueses começaram a chegar ao Brasil ainda na primeira metade daquele século, além de que não havia vínculos entre esses e os holandeses naquele momento. A alternativa [E], mesmo levando em consideração seu caráter especulativo, é a única possível, pela extensão da presença holandesa na região nordeste do Brasil e pelo momento em que essa ocorreu.

Resposta da questão 4:
[A]

A questão demanda conhecimentos específicos acerca dos produtos explorados comercialmente por Portugal no Brasil Colonial, dentro dos interesses mercantilistas daquele país europeu. O tabaco era usado principalmente como moeda de troca na aquisição de escravos africanos. O algodão atendeu ao mercado europeu, sobretudo no momento em que as Colônias Inglesas da América do Norte, envolvidas em seu processo de independência, deixaram de fazê-lo. Já o couro e o charque, derivados da pecuária, atendiam ao mercado luso.

Resposta da questão 5:
[E]

Devido ao seu conflito com a Espanha (luta de independência), a Holanda, através da Companhia das Índias Ocidentais, invadiu o Nordeste brasileiro para retomar o negócio do refino e do comércio do nosso açúcar que a Espanha havia proibido. Os holandeses permaneceram no nosso Nordeste por 24 anos.

Resposta da questão 6:
[B]

O período que se seguiu a proclamação da independência foi marcado por um conjunto de conflitos e denominado de “guerras de independência”. A cultura social foi marcada historicamente pela ideia de que a Independência do Brasil foi pacífica, desprezando as lutas das populações urbanas e das elites agrárias regionais, destacando-se as províncias do norte (nordeste) do Brasil. Tais conflitos se deram pela resistência de militares e mercadores lusitanos, contrários à Independência, e, em diversas casos, a vitória ocorreu com a ajuda de mercenários.

Resposta da questão 7:
[D]

Em 1888, o movimento abolicionista brasileiro já contava com muitos adeptos, em várias camadas sociais, o que explica a baixa adesão de interesse ao jornal que apoiava a escravidão.

Resposta da questão 8:
[A]

Diversos fatores contribuíram para a substituição do trabalho escravo, principalmente após 1870, quando do fim da Guerra do Paraguai. Tradicionalmente, a historiografia dá maior destaque às pressões realizadas pela Inglaterra – iniciadas desde 1810 – no meio do exército, (influenciado pelos ideais positivistas), entre jornalistas e intelectuais e, ao mesmo tempo, dá pouco destaque às ações dos próprios escravos, com suas fugas e confrontos com os capitães do mato. Ao mesmo tempo o governo brasileiro iniciara uma política de incentivo a vinda de imigrantes, grande parte concentrada na lavoura cafeeira de São Paulo.

Resposta da questão 9:
[A]

A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período regencial e se estendeu até o Segundo Reinado, liderada pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros criadores de gado e produtores de charque. É considerado um movimento republicano e separatista, apesar de que, no texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os representantes dos rebeldes façam reivindicações, exigindo direitos e maior autonomia, e não a separação.

Resposta da questão 10:
[A]

[A] Correta. A crise regencial só foi resolvida após a Campanha da Maioridade, na qual o príncipe herdeiro, Pedro de Alcântara, teve a autorização para assumir o trono, mesmo não tendo a maioridade legal.
[B] Incorreta. A posse de Pedro de Alcântara, ou Dom Pedro II, pôs fim às crises do período regencial e à ideia de regência.
[C] Incorreta. A formação do partido Republicano ocorre em meados do século XIX e sua consolidação, no final do século, não havendo aspirações republicanas formais no início do Segundo Império.
[D] Incorreta. A fundação das agremiações abolicionistas se deu em meados do século XIX, sobretudo após as limitações do tráfico negreiro pelos ingleses.
[E] Incorreta. D. Pedro I permaneceu em Portugal, sendo declarado Rei sob o Título de Dom Pedro IV.

Resposta da questão 11:
[B]

O texto mostra o crescimento da população indígena no Brasil na década de 1990, ao contrário do observado historicamente a partir do século XVI, quando os portugueses conquistaram e dominaram as terras que hoje formam o Brasil. É preciso que se ressalte – à maneira como foi feito na alternativa correta – que, nos últimos anos, a “identidade indígena” tem crescido no Brasil, pois muitos cidadãos têm se declarado membros dessa etnia.

Resposta da questão 12:
[A]

O Arcebispo de São Paulo faz críticas ao processo de Anistia, considerando-o imperfeito, pois tratou torturadores e torturados da mesma maneira, fazendo ainda uma comparação com situação semelhante na Argentina, mas que teve desfecho diferente, uma vez que no país vizinho os responsáveis pela tortura em nome do Estado foram punidos. No entanto, o religioso vê um elemento positivo nesse desfecho, que foi o de evitar novos conflitos.

Resposta da questão 13:
[E]

Em termos econômicos, os especialistas criaram o termo estagflação para caracterizar o governo de Figueiredo. O termo faz referência à combinação que marcou o governo do presidente que promoveu a reabertura política: estagnação econômica + inflação. Nessa conjuntura, desemprego e não pagamento das dívidas externas compuseram o quadro econômico desse governo.

Resposta da questão 14:

[D]

O regime militar brasileiro foi, para muitos, uma “ditadura disfarçada”, pois manteve o funcionamento do Legislativo por quase todo o período; no entanto, o Poder Executivo se sobrepôs aos demais, na medida em que o presidente passou a governar por decretos leis e por medidas de exceção, como os Atos Institucionais. Além disso, a participação no Legislativo era limitada, pois centenas de cidadãos perderam seus direitos políticos, foram presos ou exilados.

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