Neste post te apresentaremos um depoimento de uma estudante do quinto ano de Medicina na FAMECA.
Sobre a FAMECA
O curso de graduação em Medicina, a partir de 2007, passou a integrar as Faculdades Integradas Padre Albino (FIPA) e oferecia 64 vagas, em regime seriado, com duração de 6 anos. Conta com dois Hospitais-Escola – o Hospital Padre Albino e o Hospital Emílio Carlos. Em 2017, credenciou-se ao Centro Universitário Padre Albino – UNIFIPA.
A FAMECA é uma faculdade paga e a mensalidade do curso de Medicina tem, como média, a mensalidade de 4 mil reais.
O Hospital-Escola Padre Albino é referência regional e tem capacidade para 209 leitos. É um hospital geral, oferecendo atendimento a pacientes advindos do Sistema Único de Saúde (SUS), de outros convênios e a particulares. O pronto-socorro atende cerca de 100.00 pacientes por ano.
Em relação aos serviços especializados há a Unidade de Queimados de Alta Complexidade, Centro de Terapia Intensiva de Adultos; Centro de Terapia Intensiva Infantil; Centro de Terapia Intensiva Neonatal; Serviço de Hemodiálise; Laboratório de Análises Clínicas; Serviços de Diagnóstico por Imagens: Radiologia, Tomografia Computadorizada, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Mamografia, Setor de Medicina Nuclear; Unidade de Litotripsia Extracorpórea; Serviço de Eletrocardiograma; Serviço de Marca-Passo; Unidade de hemodinâmica Videoendoscopia e Banco de Leite Materno.
Hospital Padre Albino — Foto: UNIFIPA/Divulgação
O Hospital-Escola Emílio Carlos, por sua vez, abriga os cursos de Medicina, Enfermagem e de Educação Física. Ele tem capacidade de 141 leitos-ensino, exclusivamente para o SUS. É caracterizado por seus ambulatórios de especialidades, sendo que em 2010 atendeu 64.493 pacientes.
É referência regional de diagnóstico e tratamento de AIDS, Serviço de Prevenção e Controle da Tuberculose e Hanseníase. Por possuir um projeto de ensino e pesquisa médica, é equipado com salas com recursos audiovisuais, laboratórios de pesquisa e áreas especiais para diversos procedimentos.
Hospital Emílio Carlos — Foto: UNIFIPA/Divulgação
A participação dos alunos nas instalações dos hospitais escolas é incentivada e proporcionada desde o início da vida acadêmica.
As práticas do ciclo básico são realizadas nos Laboratórios de Ensino de Anatomia, Histologia e Embriologia, Patologia Geral e Anatomia Patológica, Microbiologia e Imunologia, Parasitologia, Biofísica e Bioquímica, Fisiologia e Farmacologia, Técnica Operatória e Enfermagem, enquanto que as práticas do ciclo clínico são desenvolvidas em ambos os hospitais. Oferece também os seguintes serviços e/ou setores: Laboratório de Anatomia Patológica e Citopatologia, de Parasitologia, Laboratório de Biologia Molecular e de Citogenética humana, Computação Gráfica, Laboratório de Habilidades e Unidade Didática e de Pesquisas Experimentais.
A FAMECA oferece Programas de Residência Médica credenciadas pelo MEC nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Obstetrícia e Ginecologia, Pediatria, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia Plástica, Medicina intensiva do adulto, Medicina intensiva pediátrica, Radiologia e Diagnóstico por imagem, Anestesiologia, Cirurgia do Trauma e Neonatologia.
O objetivo do curso é uma formação geral, humanista, crítica, reflexiva e ética, para que assim o profissional seja capaz de atuar em diferentes níveis de atenção à saúde, seja no âmbito individual ou coletivo. O estudante aprende a ter responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano.
UNIFIPA — Foto: UNIFIPA/Divulgação
Depoimento da aluna Giovana Martins (5º ano, Medicina-FAMECA)
“Para ingresso, há um vestibular, da banca Vunesp, que ocorre geralmente no último trimestre do ano e ocorre em dois dias. O primeiro dia é uma prova objetiva com 86 questões, que são divididas entre 8 matérias e a duração da prova é de 4 horas.
As matérias cobradas são Matemática, Biologia, Geografia, Física, História, Química, Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Com exceção da Língua Inglesa, que tem 9 questões, todas as outras tem 11.
No segundo dia, a prova tem 20 questões discursivas divididas em 3 matérias mais redação. A prova também tem 4 horas. As matérias são Química, Biologia e Física, a primeira com 8 questões e as duas outras com 6 questões.
Além do vestibular, o aluno tem a oportunidade de tentar o financiamento ProUni, que oferta cerca de10vagas. A opção do FIES não existe mais na FAMECA.
Apesar de uma aparência de prédio velho, os laboratórios são incríveis e há vários. Por exemplo: laboratório de anatomia, de microbiologia, de bioquímica, de embriologia e histologia.
Já no primeiro ano, os alunos tem acesso aos laboratórios e aos hospitais universitários. Por exemplo, temos genética no primeiro ano e já usamos o laboratório de embriologia e o ambulatório de genética. Isso foi muito importante, pois além das informações reais do laboratório, tivemos a empírica. No ambulatório, acompanhamos uma geneticista, atendíamos as crianças com ela e também fazíamos o exame de cariótipo. Nós realmente vivíamos o que aprendíamos e isso facilita muito no aprendizado.
Há dois hospitais universitários, um deles é no mesmo ambiente da faculdade, o Emília Carlos, e o segundo é o Padre Albino, mais no centro da cidade. O primeiro atende doenças crônicas e faz internações. O segundo é mais geral, atende todas emergências. Por ser um hospital grande, ele atende a toda região (micro e macro) de Catanduva, como se terceirizasse a saúde. Os pacientes que não vão para o Hospital de Base de São José do Rio Preto vão para o Padre Albino, em Catanduva.
A FAMECA é especialista em várias áreas da saúde e uma delas é cirurgia plástica em decorrência de queimadura. É também referência em diversas áreas, dentre elas Neonatologia, que trata de bebês com alguma doença crônica ou deformidade.
Dentre os laboratórios há aqueles que são de simulação, três ou quatro, e eles contam com bonecos de simulação. Dentre os tipos de boneco há os de reanimação, de intubação e coleta de sangue. Ah, um muito interessante são as bonecas grávidas, elas simulam literalmente um parto, é muito legal!
A metodologia utilizada é a ativo-reflexiva, em que há prática desde o começo, claro que de forma gradual. Por exemplo, no primeiro ano a nossa “mão na massa” é em quantidade mínima, o que aumenta com o passar dos semestres.
Em relação a nossa estrutura, temos, geralmente, aulas teóricas e práticas alternadas, então temos das 8 horas as 10 horas aula tradicional em sala e das 10 horas as 12 horas aula prática em laboratório ou nos hospitais.
Lembro que no primeiro ano já visitamos os laboratórios de Enfermagem e de Microbiologia e como citei também fomos para o ambulatório com a geneticista e no Laboratório de Embriologia.
No segundo e no terceiro ano tivemos Semiologia I e II. Na primeira, fomos ao ambulatório e aprendemos a identificar o que era considera “normal”, dentro do esperado”. Na segunda, além de identificar o padrão e o não padrão, aprende a identificar o que poderia ser as alterações que estávamos notando. Aprendemos a ler as informações e a buscar um diagnóstico.
Em relação a rotina do curso, ela é bem desgastante e é necessário nos adaptarmos e tentar aprender a lidar com toda a loucura da rotina. Com os estudantes da minha sala e com os outros estudantes de medicina, o diálogo era bem empático. No geral, conseguíamos nos ajudar e estabelecer apoio um ao outro. Um ponto muito importante também é a proximidade que os alunos têm com os professores. Lá podemos estabelecer um diálogo de igual para igual, quase que como amigos. Há vezes que a relação pode até se tornar de amizade e também de parceria, pois quando eles percebem que estamos interessados e com bom desempenho, nos deixam assistir cirurgias e por vezes até participar.
Antes, quando visitei o campus, tive medo de não me acostumar e também confesso que a arquitetura antiga me deixou meio balançada, porém o prédio passou por várias reformas e os laboratórios são realmente bem equipados. Sem dizer, claro, nos hospitais, que são excepcionais. Não me decepcionei e minhas expectativas foram até ultrapassadas.”